
WEG frustra mercado com lucro abaixo do esperado no 1T25
WEG (WEGE3) Frustra Mercado Novamente com Resultados do 1T25: Ações Desabam 10%
A WEG (WEGE3) voltou a decepcionar os investidores após divulgar seus resultados do primeiro trimestre de 2025. A empresa, líder na fabricação de motores elétricos e dispositivos industriais, registrou lucro líquido de R$ 1,54 bilhão, um crescimento de 16,4% em relação ao mesmo período de 2024, mas abaixo das expectativas do mercado, que projetava R$ 1,78 bilhão. O Ebitda ficou em R$ 2,17 bilhões, com margem de 21,6%, também inferior ao estimado (R$ 2,37 bilhões).
Em resposta, as ações da WEG despencaram 10,62%, chegando a R$ 45,11 no pregão desta quarta-feira (30). O retorno sobre capital investido (Roic), métrica-chave para a companhia, recuou 5,7 pontos percentuais, para 33,2%, reflexo dos investimentos em ativos fixos e aquisições recentes, como a norte-americana Regal Rexnord.
O Que Desanimou os Investidores?
Analistas destacam quatro pontos críticos no balanço:
- Receita líquida 3% abaixo das projeções do JPMorgan;
- Queda na margem bruta para 32,9%, menor nível desde o 3T23;
- Aumento das despesas operacionais (+37% em relação ao ano anterior);
- Resultado líquido 8% a 10% abaixo do esperado.
O Goldman Sachs reforçou sua recomendação de venda, argumentando que o crescimento da receita pode desacelerar em 2025, com margens estabilizadas em patamares menores. Além disso, a apreciação do real impactou negativamente as operações internacionais da WEG.
Há Pontos Positivos?
Apesar do cenário desafiador, a empresa apresentou alguns destaques:
- Crescimento de 14% na receita doméstica, acima das expectativas;
- Alíquota efetiva de impostos menor (17,5% vs. 19,8% projetado).
A Genial Investimentos ponderou que o Roic menor reflete a integração de aquisições recentes, mas o patamar já se aproxima das projeções para 2025. Ainda assim, o mercado reagiu com cautela, especialmente diante da incerteza macroeconômica global e da pressão sobre custos de insumos.
Próximos Passos para a WEG
Os analistas agora buscam respostas sobre:
- Trajetória dos custos de produção nos próximos trimestres;
- Desempenho do segmento de energia solar, que opera com margens menores;
- Capacidade de crescimento em um ambiente econômico volátil.
Enquanto isso, a WEG segue como um ativo defensivo para parte dos investidores, mas a avaliação elevada (19,9x EV/Ebitda para 2025) e a desaceleração esperada mantêm o cenário sob cautela.
InfoRadar