
Varejo têxtil deve crescer só 0,8% no Dia das Mães 2025
Inflação e Calor Impactam Vendas do Varejo Têxtil no Dia das Mães
O varejo têxtil enfrenta um cenário desafiador no Dia das Mães deste ano, com projeção de crescimento quase estagnado devido à inflação e às condições climáticas atípicas. Segundo a consultoria Iemi, o volume de vendas de roupas deve crescer apenas 0,8% em maio de 2025, totalizando 539,2 milhões de peças comercializadas.
Fatores que Impactam o Desempenho
A inflação tem sido um dos principais obstáculos para o setor. Os preços das roupas femininas subiram 1,45% entre março e abril, enquanto o índice geral do IPCA caiu para 0,43%. Além disso, os juros altos e o orçamento familiar apertado reduzem o poder de compra dos consumidores.
Outro fator relevante é o clima quente, que desestimula a compra de peças de inverno, tradicionalmente mais lucrativas. Segundo Marcelo Villin Prado, diretor do Iemi, “Se está frio, o fluxo de vendas aumenta muito, mas com o clima de outono, o ticket médio será menor”.
Crescimento em Faturamento, mas Não em Volume
Embora o volume de vendas permaneça praticamente estável, o faturamento deve crescer 4,3%, alcançando R$ 26,4 bilhões. Isso ocorre porque os consumidores estão comprando menos peças, mas pagando mais por cada uma.
Setores em Alta e em Baixa
Enquanto o varejo têxtil enfrenta dificuldades, outros segmentos apresentam desempenho positivo:
- Cosméticos: O Boticário projeta crescimento de 18% nas vendas.
- Flores: A Giuliana Flores espera alta de 15% no faturamento.
Por outro lado, setores dependentes de crédito, como eletrodomésticos e utilidades domésticas, devem registrar quedas de até 6%.
Conclusão
O Dia das Mães de 2025 reflete um cenário econômico complexo, com consumidores mais cautelosos e setores específicos sofrendo mais com as condições atuais. Enquanto alguns nichos, como cosméticos e flores, se destacam, o varejo têxtil enfrenta um crescimento tímido, pressionado pela inflação e pelo clima desfavorável.
Por InfoRadar