"Últimos funerais papais: como foram João Paulo II e Bento XVI?"
João Paulo II e Bento XVI: Como Foram os Últimos Funerais Papais?
Papa Francisco faleceu aos 88 anos, marcando o início do período de Sé Vacante até a eleição de um novo pontífice. Com sua morte, a Igreja Católica se prepara para um funeral que seguirá diretrizes distintas das cerimônias de seus predecessores, João Paulo II e Bento XVI.
O Legado e os Últimos Desejos de Francisco
Francisco decidiu que seu corpo não será velado fora do caixão, rompendo com uma tradição centenária. Além disso, exigiu um único velório, sem cerimônias adicionais de fechamento de caixão. Essas escolhas refletem sua postura de simplicidade, um marco de seu pontificado.
O Papa, que enfrentou problemas de saúde ao longo dos anos, incluindo complicações respiratórias e cirurgias, deixou um legado de reformas. Desde a defesa do meio ambiente até a punição de casos de pedofilia e corrupção no Vaticano, Francisco foi um líder que chacoalhou a Cúria Romana.
As Diferenças Entre os Funerais de João Paulo II e Bento XVI
Os funerais papais seguem ritos específicos, mas adaptações ocorrem conforme o contexto. No caso de Bento XVI, que renunciou em 2013, seu funeral foi presidido por Francisco, o primeiro Papa em exercício a liderar tal cerimônia em quase 600 anos. Já João Paulo II, canonizado em 2014, teve sua missa fúnebre celebrada por Joseph Ratzinger, então cardeal.
As principais diferenças entre os dois eventos estão nas orações e leituras bíblicas. Enquanto o funeral de Bento XVI destacou passagens de Isaías e São Pedro, o de João Paulo II focou em textos dos Atos dos Apóstolos e da carta aos Filipenses. Bento XVI pediu um evento “solene, mas sóbrio”, sem as orações tradicionais para um Papa reinante.
O Processo de Sepultamento
Após o funeral, o caixão é lacrado e envolto em fitas, seguido por um caixão de zinco soldado e, finalmente, um de madeira. O enterro na Gruta da Basílica de São Pedro é privado, seguindo a tradição vaticana.
Com a morte de Francisco, a Igreja entra em um período de transição. O conclave, formado por cardeais eleitores, será responsável por escolher o próximo líder da Igreja Católica, um processo cercado de simbolismo e tradição.
Por InfoRadar
