
Trump retira US$ 3,7 bi em subsídios para energia limpa
Governo Trump recupera US$ 3,7 bilhões em subsídios para energia limpa e manufatura
O Departamento de Energia dos EUA anunciou nesta quarta-feira a recuperação de US$ 3,7 bilhões em subsídios concedidos durante o governo Biden para projetos de energia limpa e manufatura. Grandes corporações e startups emergentes foram impactadas pela decisão.
O secretário de Energia, Chris Wrights, classificou a medida como uma “diligência necessária” por parte da administração Trump. Em comunicado, ele não especificou os motivos para o cancelamento, mas citou um memorando emitido em 15 de maio, sugerindo que o departamento pode usar seus poderes de auditoria para revogar os financiamentos.
Projetos afetados incluem gigantes do setor
No total, 24 projetos foram suspensos, incluindo iniciativas de empresas como a Exxon Mobil, Kraft Heinz e startups inovadoras como Skyven, Brimstone e Sublime Systems. Entre os valores recuperados destacam-se:
- American Cast Iron Pipe Company (manufatura de metais): US$ 75 milhões
- Brimstone Energy (materiais de baixo carbono): US$ 189 milhões
- Exxon Mobil (planta química em Baytown): US$ 331,9 milhões
- Sublime Systems (cimento sustentável): US$ 86,9 milhões
Reações das empresas impactadas
A Sublime Systems afirmou estar “surpresa e desapontada” com a decisão. “Nosso projeto já demonstrava progresso significativo na escala da tecnologia, com parcerias importantes e uma base de clientes consolidada”, disse Rob Kreis, porta-voz da empresa, em comunicado.
Já a Brimstone expressou otimismo, acreditando em um possível entendimento com o governo. “Nosso projeto alinha-se com a prioridade do presidente Trump de fortalecer a produção nacional de minerais críticos”, destacou Liza Darwin, representante da startup.
Impacto no setor de energia limpa
A medida reacende o debate sobre as políticas ambientais e industriais nos EUA, especialmente em temas como captura de carbono e manufatura sustentável. Analistas apontam que a decisão pode desacelerar investimentos em tecnologias verdes, enquanto defensores da medida argumentam que revisões são necessárias para garantir o uso eficiente de recursos públicos.
O Departamento de Energia não divulgou prazos para eventuais reconsiderações, deixando as empresas em suspense sobre o futuro de seus projetos.
Por InfoRadar