
Trump eleva tarifas de aço e alumínio para 50% e afeta Brasil
Trump Eleva Tarifas de Importação de Aço e Alumínio para 50%: Brasil Entre os Mais Afetados
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou nesta terça-feira, 3, um aumento significativo nas tarifas de importação de aço e alumínio, elevando-as de 25% para 50%. A medida, que entra em vigor a partir de quarta-feira, 4, às 0h01 (horário de Brasília), impactará diretamente os principais exportadores desses metais para os EUA, incluindo o Brasil, segundo maior fornecedor do mercado norte-americano.
Em uma proclamação publicada pela Casa Branca, o governo Trump justificou o aumento com base em análises que indicaram que as tarifas anteriores não foram suficientes para conter a entrada de produtos estrangeiros a baixo custo, o que, segundo a administração, prejudicaria a competitividade das usinas locais. A medida visa proteger a indústria metalúrgica e siderúrgica dos EUA, além de atender às necessidades estratégicas de defesa nacional.
Impacto Global e Exceção para o Reino Unido
O aumento das tarifas afetará todos os países exportadores de aço e alumínio para os Estados Unidos, com exceção do Reino Unido, que terá sua taxa mantida em 25% devido a um acordo bilateral firmado em maio. Um porta-voz do governo britânico afirmou: “O Reino Unido foi o primeiro país a garantir um acordo comercial com os EUA neste mês e seguimos comprometidos em proteger os negócios e empregos britânicos em setores importantes.”
Brasil na Mira das Tarifas
Em 2024, o Canadá liderou as exportações de aço para os EUA, representando 20,9% do total, com um valor de US$ 5,89 bilhões. O Brasil, por sua vez, ocupou a segunda posição, com 3,8 milhões de toneladas exportadas (16% do total) e um valor de US$ 2,6 bilhões (aproximadamente R$ 14,65 bilhões). Com o novo aumento, as exportações brasileiras devem enfrentar desafios adicionais no mercado norte-americano.
Especialistas alertam que a medida pode desencadear retaliações comerciais e afetar negativamente as relações econômicas entre os países envolvidos. Enquanto isso, o governo Trump reforça que a decisão é essencial para proteger a indústria nacional e garantir a segurança econômica dos EUA.
Por InfoRadar