
Trump anuncia tarifa de 50% sobre produtos da UE em junho
Trump Anuncia Tarifa de 50% Sobre Produtos da União Europeia a Partir de Junho
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma medida drástica que pode intensificar as tensões comerciais globais. A partir de 1º de junho, todos os produtos importados da União Europeia (UE) estarão sujeitos a uma tarifa de 50%, conforme decisão divulgada nesta sexta-feira (23). A justificativa é a resposta a práticas comerciais consideradas desleais pelo bloco europeu.
Motivação e Críticas à UE
Em publicação no Truth Social, Trump afirmou que as negociações com a UE estão estagnadas e acusou o bloco de ser criado para “tirar vantagem dos EUA no comércio”. Segundo ele, barreiras comerciais, impostos elevados e processos judiciais contra empresas norte-americanas resultaram em um déficit comercial de US$ 250 bilhões anuais.
“Nossas negociações com eles não estão indo a lugar algum! Portanto, estou recomendando uma tarifa direta de 50% sobre a União Europeia, a partir de 1º de junho de 2025. Não haverá tarifa se o produto for construído ou fabricado nos Estados Unidos”, declarou.
Impactos Imediatos e Reações
A medida já afetou o mercado financeiro: ações de montadoras alemãs como Porsche, Mercedes e BMW caíram mais de 4%, enquanto a EssilorLuxottica (fabricante de óculos) desvalorizou 5,5%. A UE ainda não se pronunciou oficialmente, aguardando uma reunião entre seus representantes e o governo norte-americano.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, criticou a decisão, afirmando que “a ameaça de tarifas não beneficia ninguém” e reforçou o apoio alemão à negociação coletiva do bloco.
Contexto das Tensões Comerciais
O anúncio ocorre no mesmo dia em que Trump ameaçou impor 25% de tarifa sobre produtos da Apple fabricados fora dos EUA. Em abril, a UE já havia aprovado retaliações a tarifas anteriores dos EUA sobre aço, alumínio e automóveis, que atingiram US$ 23 bilhões em importações europeias.
Analistas alertam para riscos de escalada, com possíveis impactos em setores como agricultura (milho, trigo) e bens de consumo (roupas, eletrônicos). A medida também pressiona empresas multinacionais a reconsiderarem suas cadeias produtivas.
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