Trégua entre China e EUA eleva tarifas de frete marítimo

Trégua entre China e EUA eleva tarifas de frete marítimo

A trégua comercial entre China e EUA elevou as tarifas de frete transpacífico em 25%, chegando a US$ 2.500 por contêiner. A retomada das exportações chinesas e a alta temporada aumentaram a demanda, enquanto operadoras como Maersk projetam crescimento de até 40% nos volumes.

Trégua entre China e EUA abre janela para fretes mais caros; entenda o motivo

As tarifas de frete na rota transpacífica saltaram de US$ 2.000 para cerca de US$ 2.500 por contêiner em semanas, impulsionadas pela retomada do comércio após o acordo bilateral.

Contêineres no Porto de Long Beach, Califórnia.
Contêineres no Porto de Long Beach, Califórnia. (Foto: Bloomberg)

O acordo entre China e Estados Unidos para reduzir tarifas comerciais está reaquecendo o transporte marítimo, mas com um efeito colateral: o aumento dos custos de frete. Empresas correm para aproveitar os 90 dias de trégua, elevando a demanda na rota transpacífica. A gigante de logística A.P. Moller-Maersk já projeta alta de até 40% nos volumes após queda histórica em abril.

Retomada dos embarques pressiona preços

Com exportadores chineses retomando operações, as tarifas por contêiner de 40 pés (FEU) subiram 25% em um mês, segundo relatório do Jefferies. O cenário contrasta com a queda global do índice Drewry, que atingiu o menor patamar desde 2023. Analistas destacam dois motivos para a virada:

  • Retorno dos volumes: Exportadores represados buscam escoar estoques;
  • Alta temporada: Período tradicional de pico começa em julho.

Setor vê oportunidade após crise

Operadoras como a Maersk comemoram a previsibilidade trazida pelo acordo. “Nossos clientes ganharam 90 dias de clareza”, afirmou um porta-voz. O próximo desafio é reduzir blank sailings (viagens canceladas) e realocar navios – processo que pode levar 40 dias.

Efeitos globais da trégua

O realinhamento comercial deve impactar rotas secundárias. Países como Vietnã e Tailândia, que vinham absorvendo desvios de produção chinesa, podem ver queda na demanda por fretes. Para Lu Ting, economista-chefe da Nomura, “a redução tarifária deve liberar uma onda de exportações represadas” diretamente da China.

Por InfoRadar

Tópicos relacionados: Economia, China, Frete marítimo, Guerra Comercial, Transporte Marítimo, Exportação

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