Temu impõe taxas de importação após tarifas de Trump

Temu impõe taxas de importação após tarifas de Trump

A Temu está cobrando taxas de importação de até 145% nos EUA devido às tarifas sobre produtos chineses, elevando preços para consumidores. A medida, resposta à revogação da isenção aduaneira, impacta a competitividade da plataforma e pode levar a mudanças logísticas. Outras empresas podem seguir o exemplo.

Temu Implementa “Taxas de Importação” Após Tarifas de Trump: Impacto nos Consumidores dos EUA

Por InfoRadar

A plataforma de comércio eletrônico Temu está aplicando taxas adicionais de até 145% em resposta às tarifas impostas pelo governo dos EUA sobre produtos importados da China, segundo relatório da CNBC. A medida impacta diretamente os preços finais para consumidores americanos, em alguns casos mais que dobrando o valor das compras.

Um exemplo citado pela reportagem mostra um vestido de verão vendido por US$ 18,47 no Temu sendo cobrado a US$ 44,68 após a inclusão de US$ 26,21 em taxas de importação. A mudança ocorre semanas após anúncios da Temu e da concorrente Shein sobre ajustes nos preços devido às novas tarifas, que entraram em vigor em 25 de abril.

Enquanto a Shein também elevou seus preços, a empresa não adotou uma cobrança separada de “taxa de importação”. As medidas são uma resposta direta à decisão do ex-presidente Donald Trump de revogar a isenção aduaneira para envios abaixo de US$ 800, além de impor tarifas de 145% sobre produtos chineses.

Impacto nos Modelos de Negócio

As novas regras comerciais afetam significativamente as operações da Temu e da Shein, que dependem de envios diretos da China para os EUA com custos reduzidos. A eliminação da vantagem competitiva do limite isento de impostos forçou as empresas a repassarem parte dos custos aos consumidores.

Analistas apontam que o cenário pode reduzir a atratividade dessas plataformas, conhecidas por oferecer produtos extremamente baratos. A longo prazo, as mudanças podem acelerar a busca por alternativas logísticas, como estoques locais nos EUA ou parcerias com fornecedores de outros países.

Reação do Mercado e Próximos Passos

Embora a Temu tenha sido a primeira a implementar as taxas de forma transparente no checkout, especialistas projetam que outras plataformas de e-commerce global podem seguir o mesmo caminho se as tarifas permanecerem em vigor. A situação também reacende debates sobre a competitividade do varejo online frente a políticas protecionistas.

Consumidores americanos que frequentemente compram em marketplaces chineses agora enfrentam um dilema: aceitar os preços mais altos ou buscar alternativas domésticas, muitas vezes com valores ainda superiores. O desfecho dessa equação econômica pode redefinir parte do cenário do e-commerce internacional nos próximos meses.

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