Taxação de LCI e LCA pode encarecer alimentos e moradia

Taxação de LCI e LCA pode encarecer alimentos e moradia

A proposta de taxar LCI e LCA em 5% preocupa setores imobiliário e agrícola, que alertam para aumento no custo de crédito e repasse de preços ao consumidor. Entidades criticam a medida, temendo impactos na habitação, alimentos e investimentos, sem resolver ineficiências fiscais.

Taxação de LCI e LCA pode encarecer casa própria e alimentos, alertam setores

A proposta do governo de taxar as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) com uma alíquota de 5% tem gerado preocupação entre representantes do agronegócio e do mercado imobiliário. Atualmente isentas do Imposto de Renda, essas aplicações são fundamentais para o financiamento da construção civil e da produção agrícola, e sua taxação pode impactar diretamente os preços para o consumidor final.

Impacto no agronegócio e nos alimentos

Segundo a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), as LCAs representam cerca de 43% do financiamento privado do Plano Safra, com um estoque de R$ 559,9 bilhões em abril de 2025. A entidade alerta que a medida pode encarecer o crédito para produtores, elevando o custo dos alimentos.

“A conta será paga pelo consumidor que receberá o repasse no preço dos alimentos. A tributação tende a afastar investidores e encarecer o crédito para quem produz”, afirmou a FPA em nota.

Consequências para o mercado imobiliário

No setor imobiliário, a Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP) destaca que as LCIs têm sido essenciais para compensar a redução nos recursos da poupança. A taxação pode aumentar o custo do financiamento habitacional em 0,5%, dificultando o acesso à casa própria.

“Alterações que aumentem seu custo resultam na elevação do custo da moradia e podem comprometer o acesso à casa própria”, afirmou a ABECIP.

Reação do setor produtivo

Entidades como a Câmara Brasileira da Construção (CBIC) e a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) criticam a medida, argumentando que o governo prioriza a arrecadação sem enfrentar ineficiências no gasto público. O setor teme que a combinação da taxação das LCIs/LCAs com o aumento do IOF desestimule investimentos e onere ainda mais a economia.

Enquanto o debate avança, consumidores e empresários aguardam os desdobramentos de uma medida que pode afetar diretamente o bolso da população e o crescimento de setores estratégicos.

Por InfoRadar

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