
Sol danifica satélites da Starlink durante máximo solar, diz Nasa
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Os satélites da Starlink, da SpaceX, estão enfrentando um desafio inesperado: a atividade solar intensa. Segundo a Nasa, erupções solares estão prejudicando os equipamentos em órbita, acelerando sua reentrada na atmosfera e reduzindo sua vida útil. O fenômeno, associado ao atual máximo solar, tem preocupado especialistas devido ao aumento recorde de satélites no espaço.
O Sol passa por um ciclo de atividade de 11 anos, e o auge desse ciclo, conhecido como máximo solar, ocorreu no final do ano passado. Esse período intensifica tempestades geomagnéticas, que aquecem a atmosfera terrestre e aumentam a resistência do ar, afetando diretamente os satélites em órbita baixa. “Descobrimos que, durante tempestades geomagnéticas, os satélites reentram mais rápido do que o esperado”, explica Denny Oliveira, do Goddard Space Flight Center da Nasa.
Atualmente, existem mais de 7 mil satélites Starlink em órbita, e a SpaceX planeja expandir essa frota para 30 mil nos próximos anos. Com o aumento da atividade solar, estima-se que cada satélite possa perder até 10 dias de sua vida útil. Além disso, a reentrada acelerada pode dificultar a queima completa dos equipamentos na atmosfera, aumentando riscos de detritos espaciais.
Por outro lado, especialistas como Sean Elvidge, da Universidade de Birmingham, destacam que o fenômeno também pode trazer benefícios. “A atividade solar ajuda a remover satélites inoperantes mais rapidamente”, reduzindo o lixo espacial e minimizando colisões com satélites ativos. No entanto, operar abaixo de 400 quilômetros de altitude pode se tornar um desafio para empresas como a SpaceX.
Apesar dos impactos, a SpaceX não se pronunciou sobre o assunto. Enquanto isso, pesquisadores alertam que, em breve, satélites poderão reentrar na atmosfera diariamente, exigindo novas estratégias para mitigar os efeitos do Sol na tecnologia espacial.
Por InfoRadar