
A PRIO registrou queda de 3,5% na produção de petróleo em março, atingindo 104,8 mil barris/dia, devido a problemas operacionais nos campos Polvo, Tubarão Martelo e Albacora Leste. Aguarda autorização do Ibama para reparos em poços paralisados, enquanto o mercado monitora impactos financeiros e regulatórios.
PRIO (PRIO3) registra queda de 3,5% na produção de petróleo em março
A PRIO (PRIO3) reportou uma produção diária de 104,8 mil barris de petróleo equivalentes (boepd) em março, recuando 3,5% em relação a fevereiro. As vendas também apresentaram declínio, totalizando 3,182 milhões de barris no período, uma redução de 6,4% comparado a novembro do ano anterior.
O desempenho foi impactado por problemas operacionais nos campos de Polvo e Tubarão Martelo, além de manutenções no campo de Albacora Leste. A empresa destacou que aguarda autorização do Ibama para retomar atividades em dois poços paralisados devido a falhas em bombas submersas.
Desafios operacionais afetam produção
No cluster de Polvo e Tubarão Martelo, a produção foi comprometida pela parada dos poços TBMT-10H e TBMT-4H. A interrupção ocorreu por falhas na Bomba Centrífuga Submersa (BCS), equipamento essencial para a extração. A PRIO aguarda aprovação ambiental para iniciar os reparos (workover), que devem normalizar a capacidade produtiva.
Já em Albacora Leste, a troca de um compressor reformado foi concluída no final de março, mas afetou temporariamente a produção. A petroleira não divulgou estimativas de quanto a operação foi impactada durante o período de manutenção.
Contexto do mercado e próximos passos
A queda na produção da PRIO reflete desafios comuns no setor de óleo e gás, onde interrupções técnicas e processos burocráticos podem influenciar os resultados mensais. Analistas acompanham de perto a capacidade da empresa em retomar a produção nos poços paralisados, já que a demora na liberação do Ibama pode prolongar o impacto financeiro.
As ações da PRIO (PRIO3) são sensíveis a variações na produção e nas autorizações regulatórias, fatores que podem influenciar a confiança dos investidores no curto prazo. A empresa ainda não divulgou previsões atualizadas para o segundo trimestre, mas o mercado espera uma recuperação gradual conforme os problemas operacionais são resolvidos.
Por Felipe Moreira