
Presidente do INSS afastado por suspeita de desvio de R$ 6 bi
Quem é Alessandro Stefanutto, presidente do INSS afastado após operação que investiga desvios bilionários
Alessandro Stefanutto, presidente afastado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), está no centro de uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) que investiga desvios de até R$ 6,3 bilhões em benefícios previdenciários. Nomeado em julho de 2023 pelo ministro Carlos Lupi (PDT), Stefanutto foi afastado pela Justiça após a descoberta de fraudes que envolvem descontos ilegais em aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024.
Trajetória política e indicação ao INSS
Filiado ao PSB, Stefanutto foi indicado para a presidência do INSS por Carlos Lupi, ministro da Previdência Social. O partido, no entanto, divulgou nota afirmando que a nomeação não partiu da sigla. “O PSB esclarece que Alessandro Stefanutto não é indicação do partido, embora seja seu filiado”, destacou a legenda.
Em entrevista, Lupi assumiu “inteira responsabilidade” pela escolha de Stefanutto, que já ocupava cargos de destaque na autarquia antes de assumir a presidência.
Carreira no serviço público
Graduado em Direito pela Universidade Mackenzie e mestre em Gestão e Sistema de Seguridade Social pela Universidade de Alcalá (Espanha), Stefanutto tem longa trajetória no INSS. Antes de presidir a autarquia, foi diretor de Orçamento, Finanças e Logística e atuou como procurador-federal entre 2011 e 2017.
Também passou pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e pela Receita Federal. Durante a transição entre os governos de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, atuou como consultor em temas previdenciários.
Operação Sem Desconto e investigações
A operação que resultou no afastamento de Stefanutto investiga um esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. Segundo as apurações, entidades sem estrutura adequada falsificavam assinaturas para associar beneficiários e descontar mensalidades irregularmente.
O caso, que pode ter causado prejuízos de R$ 6,3 bilhões, está sendo acompanhado de perto pela CGU e pelo Ministério Público. A expectativa é que novas medidas judiciais sejam tomadas nos próximos dias.
Por InfoRadar