Petroleiros planejam greve contra cortes na Petrobras
Petroleiros planejam greve após Petrobras anunciar austeridade por queda do petróleo
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou uma possível greve de advertência nos dias 29 e 30 de maio, em protesto contra a estagnação nas negociações com a Petrobras. O movimento visa pressionar a empresa em relação à remuneração variável e à política de cortes de custos, conforme comunicado divulgado nesta quinta-feira.
A paralisação, que ainda depende de aprovação em assembleias sindicais, dá continuidade à mobilização iniciada em março, quando os trabalhadores realizaram uma greve de 24 horas. A insatisfação aumentou após declarações da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que sinalizou contenção de despesas, mesmo com o lucro líquido de R$35,2 bilhões no primeiro trimestre.
Segundo a FUP, há “incoerência” na gestão da estatal, que distribuiu R$11,72 bilhões em dividendos aos acionistas, mas prometeu austeridade diante da queda nos preços do petróleo. Chambriard chegou a usar a expressão “apertar os cintos” durante conferência de resultados, o que gerou críticas dos sindicatos.
Outro ponto de conflito é a segurança nas unidades operacionais. As entidades denunciam subnotificação de acidentes e exigem maior transparência na gestão de riscos. A Petrobras não se manifestou sobre as acusações até o fechamento desta matéria.
Esta seria a segunda greve de advertência em 2024. Em março, os petroleiros paralisaram por 24 horas, defendendo o teletrabalho e contestando reduções na remuneração variável. Na ocasião, a empresa adiou a implementação de restrições ao home office após a pressão.
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