Payroll dos EUA em abril afasta recessão, mas mostra cautela

Payroll dos EUA em abril afasta recessão, mas mostra cautela

O payroll de abril nos EUA mostrou resistência no mercado de trabalho, com 177 mil vagas criadas e desemprego estável em 4,2%. Salários avançaram pouco (0,2%), indicando pressão inflacionária moderada. Analistas alertam para riscos futuros, como tarifas comerciais e decisões do Fed, mantendo cautela sobre a economia.

Payroll de abril afasta recessão abrupta nos EUA, mas mantém sinais de cautela

Os dados do Payroll norte-americano de abril reforçam a resistência do mercado de trabalho, com 177 mil novas vagas criadas, acima das expectativas. No entanto, analistas alertam para possíveis impactos da guerra tarifária no segundo semestre.

O relatório do Departamento do Trabalho dos EUA mostrou um desempenho robusto, especialmente nos setores de serviços, saúde e educação. A taxa de desemprego permaneceu estável em 4,2%, enquanto a participação da força de trabalho atingiu 62,6%, o maior nível desde setembro.

Setores em alta e salários moderados

O setor de serviços liderou a geração de empregos, com 156 mil novas vagas, seguido por saúde e transporte. “O mercado ainda não reflete plenamente os efeitos das tarifas, mas as empresas já demonstram cautela”, afirma Felipe Uchida, da Equus Capital.

Embora o emprego tenha crescido, os salários avançaram apenas 0,2% no mês, mantendo um acumulado de 3,8% no ano. “Isso sugere que, apesar da força do mercado, há pressões limitadas sobre a inflação”, analisa André Valério, do Inter.

Riscos à frente: tarifas e política monetária

Os economistas destacam que os dados de maio serão cruciais para avaliar o impacto real das medidas protecionistas. “Se houver efeitos negativos, eles devem aparecer nos próximos relatórios”, ressalta Valério.

Para o Federal Reserve (Fed), o cenário atual justifica a manutenção dos juros. “A inflação segue acima da meta, e a incerteza tarifária desencoraja cortes imediatos”, explica Claudia Rodrigues, do C6 Bank. A expectativa é que o Fed só retome os cortes em setembro, caso a economia mostre sinais de desaceleração.

Conclusão: solidez com olhos no futuro

O mercado de trabalho dos EUA segue resiliente, mas os analistas recomendam cautela. “Ainda não vemos uma desaceleração abrupta, mas os riscos aumentam”, conclui Isadora Junqueira, da AZ Quest. A combinação entre guerra comercial e política monetária será decisiva para os próximos meses.

Por InfoRadar

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