Moraes ameaça prender Aldo Rebelo por desacato no STF
STF: Moraes ameaça prender Aldo Rebelo durante depoimento sobre suposto golpe
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ameaçou prender o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo durante seu depoimento na ação criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A tensão aumentou quando Rebelo se recusou a responder objetivamente a perguntas da defesa do almirante Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de apoiar um suposto plano golpista. Questionado se o almirante poderia acionar tropas sozinho, Rebelo iniciou uma discussão sobre semântica, afirmando que “nem tudo é literal na língua portuguesa”.
Moraes interrompeu Rebelo, exigindo respostas diretas: “Atenha-se aos fatos”. Rebelo reagiu: “Não admito censura”, levando o ministro a adverti-lo: “Se não se comportar, será preso por desacato”. O ex-ministro então afirmou que o comandante da Marinha não poderia mobilizar tropas sem consultar a cadeia de comando.
Mourão nega conhecimento de plano golpista
Em outro depoimento, o senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente de Bolsonaro, declarou nunca ter tido conhecimento de discussões sobre um golpe de Estado. Ele também negou participação em reuniões que supostamente trataram de medidas antidemocráticas.
Sobre os ataques de 8 de janeiro de 2023, Mourão afirmou estar em casa e classificou os atos como “baderna”, criticando a inação do governo Lula na proteção dos prédios públicos. Quando questionado sobre suposto monitoramento por parte dos acusados, Mourão ironizou: “Não somos dois bandidos”, referindo-se a Moraes.
Contexto do processo
Os depoimentos ocorrem no âmbito do processo contra Bolsonaro e outros sete réus, incluindo militares, acusados de planejar um golpe de Estado. O STF investiga supostas articulações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Alexandre de Moraes tem sido figura central no caso, adotando postura firme durante os interrogatórios. O ministro já determinou a prisão de outros investigados e mantém o ritmo acelerado das investigações.
Por InfoRadar
