Médicos explicam causas da perda de bebê em gestação avançada

Médicos explicam causas da perda de bebê em gestação avançada

A apresentadora Tati Machado perdeu o bebê na 33ª semana de gestação, com óbito fetal devido a causas investigadas. Médicos explicam que fatores como problemas placentários, infecções ou doenças maternas podem levar a essa situação. Sinais como redução de movimentos fetais exigem atenção. Acolhimento e parto vaginal são indicados.

Tati Machado: médicos explicam perda de bebê em final de gestação

Falecimento do bebê após a 20ª semana de gestação é considerado como óbito fetal e pode ocorrer por causas variadas

A apresentadora Tati Machado revelou que perdeu o bebê que estava esperando. Grávida de 33 semanas, ela deu entrada na maternidade após perceber a ausência dos movimentos de seu bebê. Até então, a gravidez transcorria de forma saudável e já se encontrava na reta final.

A artista fez uma postagem nas redes sociais através de sua equipe. “Infelizmente, foi constatada a parada dos batimentos cardíacos do bebê, por causas que ainda estão sendo investigadas”, diz parte da nota. Tati Machado precisou passar por trabalho de parto e está sob cuidados. Após a publicação, a apresentadora optou por fechar os comentários das suas postagens no Instagram.

Entenda os fatores

O obstetra Carlos Campagnaro explica que o óbito fetal pode ser causado por múltiplos fatores. “A maioria dos casos está relacionado a algum mau funcionamento da placenta. O descolamento precoce é um deles, ou uma insuficiência placentária crônica. Temos outras causas difíceis de avaliar, como infecções, alterações do bebê, problemas com a pressão da mãe, com o cordão umbilical, ou diabetes descompensado”, pontua.

O médico obstetra Paulo Batistuta reforça que doenças maternas, como diabetes gestacional ou infecções, podem evoluir para esse desfecho. “Durante o pré-natal é possível identificar situações de risco, como sobrepeso, uso de drogas ou alterações metabólicas. Essas condições podem ser tratadas e muitas vezes o bebê nasce bem”, afirma.

Sinais de alerta e conduta médica

O obstetra Thiago Martinelli destaca que a redução dos movimentos fetais é um dos principais sinais de alerta. “Alterações nos exames de vitalidade fetal e crescimento irregular também devem ser monitorados”, explica.

“Os principais sinais de alerta podem ser identificados durante o pré-natal como a redução ou ausência dos movimentos fetais percebidos pela mãe, alterações nos exames de vitalidade fetal, e alterações do crescimento fetal nos exames ultrassonográficos”

Thiago Martinelli
Obstetra

Em casos de sofrimento fetal, a conduta inclui internação imediata, monitorização contínua e avaliação da necessidade de interrupção da gestação. “A decisão deve priorizar a saúde fetal e materna”, completa Martinelli.

Acolhimento e procedimentos pós-diagnóstico

Após a 20ª semana de gestação, a perda do bebê é classificada como óbito fetal, e não aborto. O ginecologista Nélio Veiga Junior explica que o acolhimento da família é fundamental. “É preciso reunir informações, explicar o ocorrido e oferecer suporte multidisciplinar”, diz.

Na maioria dos casos, opta-se pelo parto vaginal para induzir o trabalho de parto. “Isso auxilia no processo de luto. A cesárea é indicada apenas em situações específicas, como descolamento de placenta ou instabilidade materna”, detalha Veiga Junior.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 2,6 milhões de gestações resultam em natimortos anualmente no terceiro trimestre.

Por InfoRadar

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