**Resumo:** Marine Le Pen, líder do RN na França, foi condenada por desvio de fundos europeus, declarada inelegível por cinco anos e recebeu pena de prisão. Acusada de usar assistentes do Parlamento Europeu para fins partidários, ela nega irregularidades e vai recorrer. A decisão impacta as eleições de 2027, potencialmente elevando Jordan Bardella como candidato. (50 palavras)
Marine Le Pen é condenada e declarada inelegível por desvio de fundos europeus
Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Reunião Nacional (RN) na França, foi condenada por desvio de fundos europeus e declarada inelegível por cinco anos, o que a impede de concorrer às próximas eleições presidenciais. A sentença inclui quatro anos de prisão (dois suspensos e dois possivelmente cumpridos com tornozeleira eletrônica), além de uma multa de 100 mil euros. Ela planeja recorrer da decisão.
Le Pen e outras 20 lideranças do RN foram acusadas de contratar assistentes pagos pelo Parlamento Europeu para trabalhar exclusivamente no partido, em vez de cumprir funções legislativas. A juíza Benedicte de Perthuis afirmou que o esquema foi criado para reduzir custos do partido, caracterizando desvio de dinheiro. Durante o julgamento, Le Pen negou qualquer irregularidade e deixou o tribunal antes do anúncio da sentença.
Apesar de esperar uma condenação, a inelegibilidade imediata surpreendeu Le Pen, que acreditava que o juiz não “ousaria” barrar sua candidatura em 2027. Analistas e até adversários políticos, como Jean-Luc Melenchon e François Bayrou, criticaram a decisão, argumentando que excluir a candidata mais popular seria um golpe na democracia. Jordan Bardella, presidente do RN, classificou o veredito como uma “execução da democracia francesa”.
Com a inelegibilidade de Le Pen, Bardella, de 29 anos e visto como uma estrela em ascensão no partido, surge como potencial candidato do RN em 2027. A condenação impacta diretamente o cenário político francês, alterando as projeções para a próxima eleição presidencial.
Fonte: BBC News Brasil
