Léo Lins critica condenação e defende liberdade de expressão

Léo Lins critica condenação e defende liberdade de expressão

Léo Lins foi condenado a oito anos de prisão por discursos preconceituosos em seu show "Perturbador". Ele criticou a decisão, alegando que ameaça a liberdade de expressão e questionou o uso da Wikipédia no processo. Sua defesa recorrerá, afirmando que a sentença é grave e sem precedentes.

Léo Lins se pronuncia sobre condenação a oito anos de prisão: “Rir virou crime”

O comediante contestou a decisão judicial, afirmando que a sentença ameaça a liberdade de expressão e destacando o uso da Wikipédia como referência no processo.

Léo Lins, comediante condenado a oito anos de prisão por discursos considerados preconceituosos.
Léo Lins, comediante condenado a oito anos de prisão — Foto: Divulgação

Condenado a oito anos e três meses de prisão por “discursos preconceituosos contra diversos grupos minoritários”, o comediante Léo Lins se manifestou publicamente em um vídeo divulgado na internet. Ele criticou a sentença, que inclui também o pagamento de uma multa equivalente a 1.170 salários mínimos e uma indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.

Críticas à decisão judicial

Lins afirmou que, durante seus shows, interpreta um personagem e utilizou figuras de linguagem como metáfora, ironia e hipérbole, elementos que, segundo ele, foram ignorados pela juíza federal Barbara de Lima Iseppi. Ele também questionou o uso da Wikipédia como fonte no processo, dizendo: “E isso não é uma piada”.

O humorista ainda comparou a situação atual a uma “epidemia de cegueira racional”, afirmando que os julgamentos são baseados em emoção e não em razão. “Isso pode trazer consequências gravíssimas no caso de um juiz e de uma juíza”, completou.

Repercussão e apoio

Lins agradeceu o apoio recebido e expressou preocupação com o impacto da sentença na liberdade de expressão. “Se rir virou crime, o silêncio virou regra”, declarou. Sua equipe jurídica já anunciou que recorrerá da decisão, classificando-a como “grave e sem precedentes”.

Entenda o caso

O show “Perturbador”, que levou à condenação, continha declarações consideradas ofensivas contra negros, obesos, idosos, soropositivos, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência. A Justiça considerou o contexto de descontração como um agravante, afirmando que as falas de Lins estimulam “a propagação de violência verbal e intolerância”.

A sentença destacou ainda que “a liberdade de expressão não é pretexto para o proferimento de comentários odiosos, preconceituosos e discriminatórios”.

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