IPCA sobe 0,56% em março com alta nos alimentos

IPCA sobe 0,56% em março com alta nos alimentos

O IPCA subiu 0,56% em março, impulsionado por alimentos (1,17%) e serviços, com destaque para tomate, ovos e passagens aéreas. A inflação acumulada em 12 meses atingiu 5,48%, ultrapassando a meta do BC. Setores essenciais continuam pressionando os preços.

IPCA sobe 0,56% em março, impulsionado por alta nos alimentos e serviços

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal termômetro da inflação no Brasil, registrou alta de 0,56% em março, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, alinhado às expectativas do mercado, reflete pressões principalmente nos setores de alimentação e serviços, com destaque para itens como tomate, ovos e passagens aéreas.

Alimentação lidera impacto na inflação

O grupo de Alimentação e bebidas subiu 1,17%, respondendo por 45% do IPCA do mês. Itens como tomate (22,55%), ovo de galinha (13,13%) e café moído (8,14%) puxaram a alta. Segundo especialistas, fatores climáticos, como a escassez de chuvas, e a demanda sazonal durante a Quaresma influenciaram os preços.

Em contrapartida, produtos como óleo de soja (-1,99%), arroz (-1,81%) e carnes (-1,60%) apresentaram quedas. A alimentação fora do domicílio também acelerou, com refeições e cafezinho registrando aumentos acima do mês anterior.

Transportes e lares pressionam o bolso

Outros grupos com variações significativas incluem:

  • Transportes (0,46%): impactado por passagens aéreas (6,91%) e combustíveis (com desaceleração em relação a fevereiro).
  • Despesas pessoais (0,70%): influenciado por cinema e teatro (7,76%) após promoções em fevereiro.
  • Habitação (0,24%): energia elétrica residencial desacelerou para 0,12%, após pico em fevereiro.

Inflação acumulada ultrapassa meta do BC

No acumulado em 12 meses, o IPCA chegou a 5,48%, acima do teto da meta do Banco Central (4,50%). O INPC, índice que mede a inflação para famílias de baixa renda, registrou 0,51% em março e 5,20% no ano.

Analistas destacam que, embora a inflação tenha desacelerado frente a fevereiro (-0,75 p.p.), a persistência de altas em setores essenciais mantém o desafio para o controle de preços no médio prazo.

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