Ibovespa bate recorde e dólar cai com otimismo no mercado

O mercado financeiro brasileiro vive euforia, com Ibovespa batendo recorde e dólar caindo. Fatores incluem trégua China-EUA, expectativa de fim da alta da Selic e possível corte de juros nos EUA. Commodities e balanços corporativos também impulsionam o otimismo.

Bolsa bate recorde, e dólar cai: por que o otimismo voltou ao mercado financeiro?

O mercado financeiro brasileiro vive um momento de euforia, com o Ibovespa atingindo um recorde histórico e o dólar recuando para o menor patamar em sete meses. Entenda os fatores por trás desse cenário positivo.

O Ibovespa fechou em alta de 1,76%, alcançando a marca inédita de 138.963 pontos, enquanto o dólar caiu 1,34%, cotado a R$ 5,608. O otimismo foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo a trégua comercial entre China e EUA, projeções de fim do ciclo de alta da Selic e expectativas de redução de juros nos Estados Unidos.

Trégua comercial e alívio nos mercados

A redução das tensões comerciais entre China e EUA trouxe alívio aos investidores, incentivando o retorno de capital estrangeiro à B3. Segundo Matheus Amaral, especialista do Banco Inter, o mercado acionário brasileiro ainda apresenta valuation atrativo, com ações negociadas abaixo do valor considerado justo, o que atrai investidores em busca de oportunidades.

Influência do Copom e do Fed

A ata do Copom, divulgada nesta semana, reforçou a percepção de que o Banco Central está próximo de encerrar o ciclo de alta da Selic, atualmente em 14,75%. Já nos EUA, o índice de inflação (CPI) ficou abaixo das expectativas em abril, aumentando as apostas em um possível corte de juros pelo Federal Reserve (Fed).

— O ambiente está pró-risco. A redução das tarifas e a perspectiva de juros menores nos EUA revisaram as projeções de crescimento global, afirmou Felipe Sichel, economista-chefe da Porto Asset.

Commodities e balanços corporativos em alta

O minério de ferro e o petróleo registraram valorização, refletindo o maior apetite por risco. Ações de empresas como Vale e Petrobras subiram, enquanto setores como varejo e consumo cíclico também tiveram desempenho positivo, impulsionados pela queda nos juros futuros.

— A microeconomia e os resultados das empresas têm sido fundamentais para sustentar o Ibovespa em patamares elevados, destacou Jerson Zanlorenzi, do BTG Pactual.