
Greg Abel: o sucessor de Warren Buffett na Berkshire Hathaway
Quem é Greg Abel, o sucessor de Warren Buffett na Berkshire Hathaway?
Warren Buffett, um dos maiores investidores da história, anunciou sua intenção de deixar o cargo de CEO da Berkshire Hathaway após quase seis décadas. Seu sucessor, Greg Abel, já era visto como herdeiro aparente há anos. Mas quem é o executivo que assumirá o comando deste conglomerado de US$ 1,1 trilhão?
Quem é Greg Abel?
Nascido no Canadá, Greg Abel, de 62 anos, é vice-presidente das empresas não seguradoras da Berkshire desde 2018. Sua trajetória no conglomerado começou em 2000, quando Buffett adquiriu a MidAmerican Energy, onde Abel era presidente. Contador de formação, ele se destacou pela gestão eficiente e pela capacidade de liderar aquisições estratégicas.
Em 2021, Buffett deixou claro que Abel era seu sucessor: “Se algo acontecer comigo esta noite, será Greg quem assumirá amanhã de manhã”, disse à CNBC. Além do trabalho, Abel é conhecido por sua paixão pelo hóquei, esporte que pratica desde a infância.
Por que ele foi escolhido?
Abel conquistou a confiança de Buffett por duas razões principais: sua expertise operacional e sua aderência à cultura da Berkshire. Ele transformou a MidAmerican em uma gigante energética e, desde 2018, supervisiona negócios que geraram mais de US$ 5 bilhões em lucros apenas no primeiro trimestre deste ano.
Buffett já elogiou publicamente o estilo discreto e eficiente de Abel, afirmando que ele “faz todo o trabalho e eu levo todos os aplausos”. Além disso, Abel é visto como um guardião da cultura corporativa da Berkshire, algo reforçado por Charlie Munger, que disse: “Greg manterá a cultura”.
Como Abel deve administrar a Berkshire?
Diferente de Buffett, cujo legado é marcado por decisões de investimento, Abel terá um foco maior na gestão operacional. A Berkshire hoje é um império com mais de 392 mil funcionários e negócios diversificados, de ferrovias a joalherias.
Abel não será responsável por escolher os investimentos – tarefa que cabe a Todd Combs e Ted Weschler –, mas terá o desafio de usar o caixa de US$ 347,7 bilhões da Berkshire para fechar grandes aquisições. Buffett chamou esse montante de “arma de caçar elefantes”, mas reconheceu que encontrar alvos que impactem significativamente os lucros do conglomerado não será fácil.
Com Abel no comando, a Berkshire mantém sua tradição de gestão conservadora, mas o novo líder terá que provar que pode continuar o legado de um dos maiores investidores de todos os tempos.
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