
Franqueados acusam Cacau Show de práticas abusivas e perseguição
Franqueados da Cacau Show denunciam clima de “seita” e perseguição na rede
Franqueados da Cacau Show têm relatado um ambiente de trabalho comparado a uma “seita”, com supostas retaliações contra quem questiona as decisões da empresa. A liderança da rede, comandada pelo CEO e fundador Alexandre Tadeu Costa, conhecido como Alê Costa, é alvo de críticas por práticas que, segundo os empresários, inviabilizam a operação das lojas.
De acordo com os relatos, franqueados que reclamam de cobranças abusivas ou mudanças nos preços dos produtos são punidos com envio de mercadorias próximas ao vencimento ou itens de baixa rotatividade, dificultando a gestão dos negócios e levando muitos ao fechamento das unidades.
Processos judiciais e cobranças indevidas
A Cacau Show acumula processos por cobranças questionáveis e distribuição inadequada de produtos. Um caso em tramitação na 25ª Vara Cível de Brasília revela que a empresa retira créditos dos franqueados, obrigando-os a pagar pedidos à vista — prática que agrava a situação financeira das lojas.
“Doce Amargura”: perfil reúne denúncias de franqueados
Insatisfeitos, alguns empresários criaram o perfil “Doce Amargura” no Instagram para expor suas experiências. A administradora da página, que usa um pseudônimo por medo de represálias, afirmou ter recebido a visita do vice-presidente da Cacau Show, Túlio Freitas, em sua loja no interior de São Paulo. Segundo ela, ele questionou “o que era preciso” para que as publicações cessassem. Agora, a franqueada busca rescindir judicialmente o contrato com a rede.
Cacau Show nega acusações
Em nota, a empresa afirmou que não reconhece as alegações do perfil e reforçou seu compromisso com “confiança mútua e respeito”. Sobre a visita de Freitas, explicou que se tratava de uma ação rotineira para “fortalecer o relacionamento” com os franqueados. A rede também destacou que repudia condutas contrárias a seus valores e mantém o foco em “compartilhar momentos especiais”.
Por InfoRadar