"FMI alerta para risco de dívida do Brasil bater recorde pós-pandemia"

"FMI alerta para risco de dívida do Brasil bater recorde pós-pandemia"

O FMI alerta que o Brasil enfrenta forte desafio fiscal, com dívida pública podendo atingir o maior nível desde a pandemia, chegando a 96% do PIB em 2026. Medidas robustas são necessárias para conter o crescimento da dívida, enquanto a política monetária rigorosa pode desacelerar a economia em 2025.

Brasil Pode Alcançar Maior Nível de Dívida Desde a Pandemia, Alerta FMI

O Brasil enfrenta um “desafio fiscal muito forte”, segundo Rodrigo Valdés, diretor do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI). O organismo alerta que a dívida pública do país pode atingir o patamar mais alto desde a pandemia, caso não sejam adotadas medidas adicionais para conter seu crescimento.

Em entrevista coletiva, Valdés destacou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa apresentar ações mais robustas para estabilizar a dívida. “A discussão que temos é se haverá mais medidas nesta direção”, afirmou.

Segundo projeções do FMI, a relação dívida/PIB do Brasil deve saltar de 87,3% em 2024 para 92% em 2025, chegando a 96% em 2026 — o nível mais elevado desde 2020. “Muitos países retornarão aos picos de endividamento da covid-19”, reforçou Valdés, enfatizando a necessidade de cumprir a meta de superávit primário este ano.

Política Monetária e Desaceleração Econômica

O diretor do FMI elogiou a política monetária “rigorosa” do Banco Central (BC), que busca alinhar a inflação à meta de 3%. “A independência dos bancos centrais é crucial neste cenário”, ressaltou. No entanto, medidas mais restritivas devem levar a uma “desaceleração relevante” em 2025, com crescimento do PIB revisado para 2,0%, abaixo dos 3,4% registrados em 2024.

O ajuste reflete os impactos da guerra comercial global, que afetará economias latino-americanas de forma desigual. Enquanto México pode entrar em recessão, Argentina e Equador devem ter recuperação significativa.

O alerta do FMI reforça a urgência de reformas fiscais para evitar riscos ao crescimento sustentável do Brasil nos próximos anos.

Por InfoRadar

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