Fazenda avalia alternativas ao aumento do IOF após pressão

Fazenda avalia alternativas ao aumento do IOF após pressão

O Ministério da Fazenda avalia revisar o aumento do IOF após pressão de bancos e Congresso, que alertam para impactos no crédito e nas empresas. Bancos propuseram alternativas, enquanto o governo busca equilibrar arrecadação e estímulo econômico, evitando novos cortes orçamentários. A decisão final ainda está em análise.

Fazenda analisa alternativas ao aumento do IOF após pressão de bancos e Congresso

O Ministério da Fazenda sinalizou abertura para revisar o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), após críticas de empresários e parlamentares. A medida, anunciada na semana passada, visa arrecadar R$ 20 bilhões, mas enfrenta resistência devido ao impacto no crédito e nas operações financeiras.

Em reunião com os presidentes dos maiores bancos privados do país, o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o governo está avaliando alternativas apresentadas pelo setor. “Vamos nos debruçar sobre as opções para encontrar a melhor solução para o país”, declarou.

Impacto no crédito e reações do mercado

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o aumento do IOF pode elevar o custo efetivo do crédito para até 40% ao ano em operações de curto prazo, com impactos de 3 a 8 pontos percentuais nas taxas de juros. O setor alerta para riscos às micro, pequenas e médias empresas, que dependem de linhas de financiamento acessíveis.

O mercado reagiu com volatilidade: o dólar chegou a subir 1,26%, ultrapassando R$ 5,70. Bancos propuseram alternativas fiscais e cortes de despesas, mas os detalhes ainda não foram divulgados.

Pressão política e ajustes no Orçamento

No Congresso, mais de 20 projetos buscam derrubar o decreto. O governo tenta negociar para evitar a perda de receita, que exigiria novos contingenciamentos orçamentários. O bloqueio atual é de R$ 31,3 bilhões, valor que poderia aumentar sem a arrecadação do IOF.

O Ministério já recuou em parte da medida, excluindo investimentos no exterior da taxação. Agora, estuda ajustes nas operações de crédito, mantendo a meta fiscal. A decisão final deve considerar o equilíbrio entre arrecadação e estímulo econômico.

Por InfoRadar

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