
ESPN suspende 6 jornalistas após críticas à CBF em programa
ESPN suspende jornalistas após críticas à CBF em programa esportivo
A ESPN decidiu suspender temporariamente seis jornalistas após um episódio do programa “Linha de Passe” que abordou denúncias sobre a gestão da CBF sob o comando de Ednaldo Rodrigues. A medida gerou repercussão no meio esportivo e levantou debates sobre liberdade de imprensa.
O que levou à suspensão dos jornalistas?
O programa, exibido na última segunda-feira, discutiu reportagem da revista “piauí” que trouxe à tona alegações sobre a administração da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A equipe de jornalistas, composta por Dimas Coppede, Gian Oddi, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida, Victor Birner e William Tavares, adotou um tom crítico em relação à entidade.
Segundo apuração do UOL, a direção da ESPN não foi informada previamente sobre o teor do conteúdo, o que causou desconforto interno. A CBF teria procurado a emissora para discutir o programa, mas nega qualquer interferência editorial.
Impacto na programação da ESPN
A suspensão dos profissionais, iniciada na terça-feira, obrigou a emissora a reformular a equipe do “Linha de Passe”. A edição seguinte do programa contou com uma mesa completamente diferente, formada por André Pilhal, André Kfouri, Breiler Pires, Eugênio Leal e Leonardo Bertozzi.
A ESPN também precisou ajustar sua escala de transmissão dos jogos do Brasileirão Série B, competição que a emissora transmite por meio de contrato com a agência PEAK, representante da LFU.
Posicionamento das partes envolvidas
Em nota oficial, a CBF afirmou que “respeita a liberdade de imprensa com responsabilidade” e negou ter solicitado qualquer tipo de interferência na linha editorial da ESPN. A confederação classificou como “mentirosas e levianas” as alegações de que teria pressionado a emissora.
A ESPN, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Fontes indicam que os jornalistas suspensos devem retornar às atividades em breve.
Correção: Uma versão anterior deste texto mencionava relação comercial direta entre ESPN e CBF pela transmissão da Série B. Na verdade, o contrato foi intermediado pela agência PEAK, contratada da LFU. O conteúdo foi atualizado para refletir essa informação.