
Domo de Araguainha: a maior cratera de meteoro da América do Sul
Meteoro que caiu no Brasil há 254 milhões de anos ainda intriga cientistas
O Domo de Araguainha, localizado entre os estados de Mato Grosso e Goiás, é a maior cratera de impacto de meteoro da América do Sul. Com aproximadamente 40 quilômetros de diâmetro, essa formação geológica é um registro impressionante de um evento cósmico que moldou a Terra há cerca de 254 milhões de anos, durante o período Permiano. A cratera não só atrai pesquisadores, mas também turistas interessados em sua história única.
Como se formou o Domo de Araguainha?
A cratera foi criada pelo impacto de um meteoro com estimados 2 a 4 quilômetros de diâmetro. A colisão liberou energia equivalente a bilhões de bombas atômicas, causando fusão de rochas e gerando estruturas geológicas complexas, como brechas de impacto e cones de estilhaçamento. O fenômeno também provocou um metamorfismo de impacto, transformando minerais e criando formações raras, visíveis apenas em locais de colisão cósmica.
Por que essa cratera é tão importante para a ciência?
O Domo de Araguainha é um laboratório natural para estudar os efeitos de impactos de meteoros na Terra e em outros planetas. Pesquisadores investigam sua relação com a extinção em massa do Permiano-Triássico, que eliminou cerca de 90% das espécies marinhas e 70% dos vertebrados terrestres. Além disso, a cratera ajuda a entender como eventos similares podem ter influenciado a evolução da vida e como preparar-se para possíveis ameaças futuras.
Domo de Araguainha (Foto: Joana Sanchez/UFG)
É possível visitar a cratera do meteoro no Brasil?
Sim, o Domo de Araguainha está aberto à visitação, embora a infraestrutura turística ainda seja básica. Guias locais oferecem tours explicativos sobre a geologia do local, tornando a experiência educativa e acessível. O turismo geológico na região tem potencial para crescer, combinando aventura e aprendizado sobre um dos eventos mais cataclísmicos da história do planeta.
Com investimentos em estrutura e divulgação, a cratera pode se tornar um destino relevante para entusiastas de ciência e natureza, além de impulsionar a economia das cidades próximas. Preservar esse sítio único é essencial para continuar desvendando os segredos do passado — e do futuro — da Terra.
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