
O dólar comercial subiu para R$ 5,93, e o Ibovespa caiu 2,3%, refletindo tensões globais, como possíveis tarifas EUA-China e incertezas monetárias. O real está entre as moedas mais desvalorizadas, pressionado por fragilidades domésticas e externas, aumentando a aversão ao risco nos mercados emergentes.
Dólar atinge R$ 5,93 em meio a pânico nos mercados; Ibovespa registra nova queda
O dólar comercial fechou em alta nesta segunda-feira, atingindo R$ 5,93, enquanto o Ibovespa voltou a cair, refletindo o cenário de tensão global. As declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sobre possíveis novas tarifas para produtos chineses acentuaram a aversão ao risco entre investidores, impactando especialmente os mercados emergentes.
Panorama dos mercados financeiros
O dólar subiu 1,2%, fechando no maior patamar desde abril, enquanto o Ibovespa recuou 2,3%, pressionado pela fuga de capitais para ativos mais seguros. O risco-país (CDS) também registrou alta, indicando maior percepção de instabilidade por parte dos investidores internacionais.
Os principais fatores por trás da volatilidade incluem:
- Tensões comerciais entre EUA e China, com possíveis novas tarifas sobre importações.
- Expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed) e possíveis ajustes nas taxas de juros.
- Dados econômicos que apontam para uma desaceleração global, especialmente em economias emergentes.
Impacto no cenário brasileiro
O Brasil tem sido diretamente afetado pela turbulência externa, com o real entre as moedas mais desvalorizadas do ano. Analistas destacam que a combinação de incertezas internacionais e fragilidades domésticas, como a perspectiva fiscal, amplifica a pressão sobre os ativos locais.
Os próximos dias serão decisivos, com os mercados monitorando:
- Novos pronunciamentos de autoridades econômicas dos EUA e China.
- Indicadores macroeconômicos, como inflação e crescimento global.
- Possíveis medidas de estímulo em grandes economias para conter a desaceleração.
Enquanto isso, investidores recomendam cautela, com preferência por ativos defensivos diante do cenário de alta volatilidade.