Dólar cai 8% em 2025, mas tendência pode ser passageira

Dólar cai 8% em 2025, mas tendência pode ser passageira

O dólar acumula queda de 8% em 2025, fechando abril a R$ 6,18, mas especialistas alertam para possível recuperação. Fatores como tensões EUA-China, política de Trump e juros do Fed influenciam a volatilidade. Apesar disso, o dólar mantém seu status como principal moeda global, sem substitutos à vista.

Dólar cai mais de 8% em 2025, mas cenário pode mudar no médio prazo

O dólar acumula queda de mais de 8% desde o início do ano, fechando abril com desvalorização de 0,5%. A moeda norte-americana encerrou 2024 cotada a R$ 6,18 e, desde então, vem perdendo força no mercado brasileiro. No entanto, especialistas alertam que essa tendência pode ser temporária, com possibilidade de retomada para patamares próximos a R$ 6 até o final de 2025.

Expectativas do mercado e influência externa

O Boletim Focus, relatório do Banco Central, indica que o mercado projeta o dólar em R$ 5,90 no fim de 2025. Gustavo Menezes, gestor da AZ Quest, avalia que essa previsão não é excessivamente otimista, já que os contratos futuros ainda apontam para R$ 6. Porém, no curto prazo, a volatilidade persiste devido a fatores como:

  • Declarações do presidente dos EUA, Donald Trump;
  • Tensões comerciais entre EUA e China;
  • Busca por mercados estáveis por parte dos investidores.

“Se as notícias são positivas, o dólar sobe; se são negativas, cai”, explica Márcio Holland, professor da FGV. A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, com tarifas de até 145%, contribui para a imprevisibilidade.

Incertezas e impactos na economia global

A política econômica de Trump gera dúvidas, já que nem todas as medidas anunciadas são implementadas. Investidores buscam segurança, e a falta dela pode levar à fuga de capitais e à desvalorização do dólar. André Valério, economista do Banco Inter, destaca: “Enquanto essa incerteza persistir, o dólar deve se enfraquecer.”

No entanto, fatores como:

  • Possível alta dos juros pelo Fed;
  • Mudanças na política comercial dos EUA;

podem frear ou reverter a queda da moeda. Marcos Weigt, do Travelex Bank, ressalta que juros altos atraem investidores, aumentando a demanda pelo dólar.

O dólar como moeda de reserva global

Apesar das oscilações, o dólar mantém seu status de principal moeda internacional. A China enfrenta limitações cambiais, e a Europa lida com desafios demográficos e de crescimento. “Não há substitutos à altura”, afirma Valério. Para Holland, apenas em uma década será possível avaliar os efeitos completos das políticas atuais.

Enquanto isso, o mercado acompanha de perto cada movimento, preparando-se para possíveis mudanças no cenário econômico global.

Por InfoRadar

Visited 4 times, 1 visit(s) today

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *