
Decreto institui Nova Política de EaD no Brasil
Decreto institui Nova Política de Educação a Distância no Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Camilo Santana, assinaram um decreto que estabelece diretrizes para aprimorar a qualidade do ensino a distância (EaD) no país. A medida visa modernizar a regulamentação e ampliar o acesso à educação superior, garantindo padrões rigorosos para cursos online e semipresenciais.
Novos formatos e regras para a EaD
A Nova Política de EaD introduz três modalidades de ensino:
- Presencial: Até 30% da carga horária pode ser realizada a distância.
- Semipresencial: No mínimo 30% das atividades devem ser presenciais, com 20% em formato síncrono mediado.
- EaD: Pelo menos 20% da carga horária exige atividades presenciais ou síncronas, incluindo avaliações obrigatórias.
Cursos como medicina, direito e enfermagem não poderão ser oferecidos integralmente a distância, mantendo-se apenas no formato presencial. Licenciaturas e outras graduações da área da saúde terão oferta restrita aos modelos presencial ou semipresencial.
Foco na qualidade e mediação pedagógica
O decreto prioriza a qualificação docente e a infraestrutura adequada nos polos de apoio. Entre as principais exigências estão:
- Proporção equilibrada entre professores e alunos.
- Criação da função de mediador pedagógico, com formação específica.
- Avaliações presenciais com peso significativo nas notas finais.
- Estrutura mínima com laboratórios e espaços de estudo nos polos EaD.
Processo colaborativo e transição gradual
A política foi construída a partir de debates com especialistas, entidades educacionais e movimentos sociais. Instituições terão dois anos para se adaptar às novas regras, enquanto estudantes matriculados em cursos EaD poderão concluí-los conforme o plano original.
Para o ministro Camilo Santana, a medida “fortalece a EaD como ferramenta estratégica para democratizar o ensino superior sem abrir mão da excelência acadêmica”.
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