Congresso dá 10 dias para Haddad revogar aumento do IOF

Congresso dá 10 dias para Haddad revogar aumento do IOF

Os presidentes da Câmara e do Senado deram 10 dias para Haddad revogar o aumento do IOF, ameaçando votar um decreto legislativo caso não haja ação. Alternativas incluem taxar apostas e revisar isenções. Haddad alertou sobre riscos à máquina pública, mas parlamentares mantêm a pressão.

Alcolumbre e Motta dão prazo de 10 dias para Haddad revogar IOF

Presidentes da Câmara e do Senado pressionam ministro da Fazenda por alternativa ao imposto; impasse pode levar à votação de decreto legislativo.

Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), estabeleceram um prazo de 10 dias para que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revogue o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Caso não haja ação até o início da semana de 9 de junho, o Congresso votará um projeto de decreto legislativo para anular a medida.

A reunião ocorreu na residência oficial do presidente da Câmara, com a presença de ministros e líderes governistas. Hugo Motta afirmou que a insatisfação no Congresso é ampla e que a aprovação do decreto é “realmente possível”, especialmente no Senado.

Alternativas em discussão

Entre as propostas discutidas estão:

  • Taxação de empresas de apostas (bets)
  • Aumento de impostos sobre fintechs
  • Revisão de isenções fiscais
  • Avanço na reforma administrativa

Motta criticou a medida como uma “gambiarra” e defendeu soluções estruturais: “Temos de rever a vinculação de receita e votar a reforma administrativa. Isso é o que o país quer”.

Resposta de Haddad

O ministro argumentou que a revogação do IOF poderia levar a um “shutdown” da máquina pública, mas se comprometeu a buscar alternativas com sua equipe. Apesar disso, os parlamentares mantêm a pressão: “Não assumimos compromisso de não votar o decreto”, destacou Motta.

Conjuntura política

Líderes governistas presentes, como Gleisi Hoffmann e Jaques Wagner, reforçaram o descontentamento no Congresso. A avaliação é que o governo subestimou a reação negativa à medida, que surge em um momento de esgotamento político para novos aumentos tributários.

O imposto sobre operações financeiras tem sido alvo de críticas de diversos setores, incluindo o agronegócio, que alerta para impactos no crédito rural.

Por InfoRadar

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