
China eleva tarifas sobre EUA para 84% a partir de 10 de abril
China Eleva Tarifas Retaliatórias para 84% sobre Produtos dos EUA em Resposta a Medidas Comerciais
O Ministério das Finanças da China anunciou nesta quarta-feira (9) a elevação das tarifas retaliatórias sobre produtos importados dos Estados Unidos, de 34% para 84%, em resposta às recentes medidas comerciais adotadas pelo governo norte-americano. A medida entra em vigor a partir desta quinta-feira (10), marcando mais um capítulo na tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Segundo o comunicado oficial, a decisão foi tomada com base na Lei Tarifária da China, na Lei Aduaneira e em princípios do direito internacional, após aprovação do Conselho de Estado. O texto afirma que as ações dos EUA “violam os interesses legítimos da China” e prejudicam o sistema de comércio multilateral.
Detalhes da Medida Tarifária
O ajuste tarifário, publicado no Anúncio da Comissão Tarifária nº 4 de 2025, estabelece que as novas alíquotas de 84% serão aplicadas a partir das 12h01 (horário local) do dia 10 de abril. O governo chinês manteve as demais disposições do anúncio anterior, reforçando a postura firme diante das disputas comerciais.
Analistas apontam que a medida pode impactar setores como tecnologia, agricultura e manufaturados, aumentando os custos para empresas que dependem de produtos norte-americanos. A escalada tarifária também pode pressionar os preços de bens de consumo no mercado chinês.
Contexto das Tensões Comerciais
As relações comerciais entre China e EUA enfrentam desafios desde 2018, quando o então presidente Donald Trump iniciou uma guerra tarifária contra produtos chineses. Apesar de acordos parciais, as disputas persistem, especialmente em setores estratégicos como semicondutores e energia limpa.
O governo chinês reiterou em seu comunicado o compromisso com um sistema de comércio baseado em regras, criticando as medidas unilaterais dos EUA. Ainda não há informações sobre possíveis negociações para reduzir as tensões, mas especialistas alertam para riscos à economia global caso o conflito se intensifique.
*Este artigo será atualizado conforme novas informações forem divulgadas.