China e EUA negociam tarifas para evitar guerra comercial
China e EUA Iniciam Negociações para Evitar Guerra Comercial
Representantes da China e dos Estados Unidos se reunirão em Genebra no próximo final de semana para discutir o aumento de tarifas e evitar uma escalada na guerra comercial. O encontro entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, ocorre após medidas protecionistas impostas pelo governo norte-americano, que elevou tarifas sobre produtos chineses para 145%.
O que Está em Jogo?
A tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo tem gerado preocupações globais. A China exportou mais de US$ 500 bilhões para os EUA no último ano, enquanto as importações norte-americanas totalizaram US$ 143,5 bilhões. Setores como tecnologia, agricultura e semicondutores são os mais afetados.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que o diálogo deve ser baseado em “equidade e respeito mútuo”, descartando qualquer pressão externa. Enquanto isso, o presidente Donald Trump declarou que a China “está sofrendo muito” com as restrições comerciais.
Impactos Globais da Disputa
A Organização Mundial do Comércio (OMC) alertou que a guerra tarifária pode reduzir em até 80% o comércio bilateral entre os países. A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, destacou que economias emergentes serão as mais prejudicadas, com possível queda de 7% no PIB global em um cenário de divisão econômica.
Empresas de tecnologia, como a Nvidia, já preveem perdas de US$ 5,5 bilhões devido a restrições na venda de chips para a China. O governo chinês minimizou os efeitos do “tarifaço”, classificando as medidas dos EUA como “um jogo de números sem impacto real”.
Próximos Passos
As negociações em Genebra serão decisivas para evitar uma ruptura comercial. Enquanto os EUA defendem um “comércio justo”, a China insiste que não cederá a pressões. A OMC classifica a situação como uma “ameaça urgente” à estabilidade econômica global.
Por InfoRadar
