7804939392_image
Galípolo destacou o consenso fiscal entre governo, Congresso e setor privado como oportunidade para reformas e atração de investimentos. Manteve decisões sobre juros em aberto, dependendo de dados econômicos, e enfatizou cautela na política monetária. Reforçou a importância do diálogo institucional para reduzir incertezas.

Galípolo vê oportunidade em consenso fiscal e mantém decisão sobre juros em aberto

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou a convergência entre governo, Congresso e setor privado em torno de uma agenda fiscal sustentável, classificando o momento como uma janela de oportunidade para reformas estruturais. Durante evento no Guarujá, ele reforçou a importância do diálogo institucional e sinalizou cautela na política monetária, mantendo as próximas decisões sobre taxa de juros dependentes de dados econômicos.

Consenso fiscal como diferencial para investimentos

Galípolo afirmou que o alinhamento entre os Poderes e o setor privado pode posicionar o Brasil de forma positiva no cenário global, especialmente em um contexto de incertezas sobre a sustentabilidade da dívida pública em diversos países. “Se o Brasil conseguir dar uma sinalização de sustentabilidade fiscal, o país se diferencia muito na atração de investimentos”, disse.

O presidente do BC ressaltou que, diferentemente da política monetária – que age de forma autônoma –, a política fiscal exige construção consensual. Ele citou a disposição do presidente Lula, dos presidentes da Câmara e do Senado, e do ministro Fernando Haddad em dialogar sobre o tema.

BC mantém flexibilidade e cautela sobre taxa de juros

Sobre as expectativas para os próximos passos da política monetária, Galípolo foi enfático: “Flexibilidade significa que vamos para a próxima reunião com as opções em aberto”. Ele negou que haja uma decisão pré-definida sobre cortes ou manutenção da taxa Selic, destacando a necessidade de analisar os dados econômicos.

O presidente do BC também reforçou o tom de cautela, lembrando que o cenário ainda é de incertezas e que o Banco Central já elevou os juros a um patamar contracionista. “Não é o momento de movimentos bruscos”, afirmou, em referência às especulações do mercado.

Debate sobre IOF e articulação no Congresso

No mesmo evento, o presidente da Câmara, Hugo Motta, adiantou que o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para sustar o aumento do IOF poderá ser votado na próxima terça-feira, dependendo do resultado de reuniões entre o Ministério da Fazenda e as lideranças do Congresso.

Galípolo evitou comentar especificamente a proposta, mas reiterou que a qualidade do diálogo institucional é essencial para reduzir incertezas e criar um ambiente favorável ao crescimento econômico.

Por InfoRadar

Visited 3 times, 1 visit(s) today

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *